quarta-feira, 31 de outubro de 2007
domingo, 21 de outubro de 2007
sábado, 20 de outubro de 2007
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
sábado, 13 de outubro de 2007
Escola Correia Mateus no GoogleMaps...!
- as opções Map (mapa), Sat (Satellite - fotografia área) e Hyb (Hybride - fotografia área com alguns aspectos marcados);
- a Escala (entre o + e -);
- a mudança da área visível (usar as setas ou o rato do PC - que aparece com aspecto de mão dentro do mapa - para mudar de localização visível).
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
=)
Louis Pasteur
“A imaginação deveria dar asas aos nossos pensamentos, mas nós sempre precisamos de uma prova experimental decisiva, e no momento de reflectir, interpretar nossas observações e concluir, a imaginação deve ser verificada e documentada pelos resultados do experimento”, desta forma Louis Pasteur mudou a nossa vida.
Cada descoberta no conjunto dos trabalhos de Pasteur representa um elo de uma corrente que não se interrompeu, iniciando pela assimetria e terminando pela vacina anti-rábica.
Louis Pasteur nasceu em 27 de Dezembro de 1822 em Dole na região de Jura na França. Suas descobertas tiveram um impacto muito grande na medicina, seus trabalhos tornaram-se o início do que chamamos de microbiologia. Sua Teoria Germinal das doenças infecciosas diz que a maioria das doenças infecciosas são causadas por germes, sendo uma das mais importantes na história da medicina. Segundo Pasteur, era necessário estudar e identificar cada micróbio responsável por cada doença infecciosa, pois somente assim seria possível desenvolver métodos e técnicas para combater este agente infeccioso.
Em 1847, o jovem químico com apenas com 26 anos de idade realizou seu primeiro trabalho que já revolucionou o que hoje conhecemos por estereoquímica, ao estabelecer relações entre a cristalografia, a química e a óptica falando sobre assimetria molecular.
“A fermentação é uma consequência da vida sem oxigénio” foi uma afirmação de Pasteur, durante seus trabalhos em que descobriu que seres vivos podem viver por processos anaeróbicos, onde não necessitam de oxigénio para sobreviver, e por este caminho, estudando os germes, descobriu a causa de muitas infecções.
Assim foi possível desenvolver técnicas que eliminariam micróbios sendo possível controlar as contaminações. O próprio Pasteur se engajou em uma campanha para que os médicos dos hospitais militares fervessem seus instrumentos e bandagens que seriam utilizados em procedimentos cirúrgicos.
Mais de uma vez Pasteur foi solicitado para investigar as “doenças” que atacavam os vinhos e que estavam causando enormes prejuízos aos fabricantes. Fruto destes estudos, ele sugere que para combater este problema causado por micro organismos, o vinho deveria ser aquecido a 55 0C por alguns minutos para destruir estes micro organismos. Este processo foi também aplicado na cerveja e no leite e denominado pasteurização em sua homenagem, processo este utilizado até hoje e que se propagou pelo mundo todo.
Pasteur em seu laboratório
Em 1865, Pasteur iniciou um estudo sobre a doença do bicho da seda que estava dando prejuízos aos fabricantes de seda na França. Neste estudo ele descobriu o agente infeccioso e também a maneira como este agente era transmitido e inclusive como prevenir.
Dando prosseguimento aos trabalhos sobre fermentação, ele confirmou que cada doença é causada por um micróbio específico e que estes micróbios eram agentes externos. Com esses conhecimentos Pasteur foi capaz de estabelecer as noções básicas de esterilização e assepsia, com consequências na prevenção de contaminações e infecções na cirurgia e obstetrícia.
Cada vez mais engajado em pesquisas de doenças infecciosas, entre 1877e 1887 Pasteur descobriu três bactérias responsáveis por doenças nos homens: estafilococos, estreptococos e pneumococos.
Pasteur descobriu que formas fracas de micróbios poderiam ser usadas como agente imunizante contra uma forma mais virulenta deste micróbio, o que resultou nas técnicas de vacinação como forma de prevenção de doenças. Outra contribuição muito importante dada por Pasteur, foi a descoberta do agente transmissor da raiva que na época não podia ser visto no microscópio mostrando assim o mundo dos vírus.
Em Março de 1886, Pasteur apresentou os resultados para o tratamento da raiva na Academia de Ciências Francesa e foi então convidado a criar um centro para produção de vacina anti-rábica. Foi construído o Instituto Pasteur, idealizado para ser um centro de tratamento da raiva, de doenças infecciosas e educação.
O trabalho de Pasteur não foi somente a soma de seus estudos e descobertas. Este trabalho representou uma revolução na metodologia científica. As principais características que marcaram o seu legado e ficaram de herança para a Ciência foram a liberdade de pensamento na utilização da imaginação e criatividade e a necessidade de uma experimentação rigorosa. Pasteur dizia que “Não prossiga em seus trabalhos se você não pode prová-los com a experimentação”.
O que mais motivava Pasteur era seu carácter humanista, todo seu trabalho foi desenvolvido com o intuito de melhorar a condição humana. Ele é tido com um benfeitor da Humanidade, pois seus esforços mudaram o mundo, por isso é um dos mais reconhecidos cientistas da história.
Sua genialidade estava em sua habilidade de estudar e aprender com o conhecimento existente e estabelecer relações com suas hipóteses, com paciência e muita dedicação com seus experimentos rigorosos ele brilhantemente encontrou as respostas para seus questionamentos.
O Museu Pasteur está localizado no primeiro prédio onde foi construído o Instituto Pasteur inaugurado em Novembro de 1888, onde Pasteur trabalho até 1895, quando faleceu. O museu inclui uma colecção de objectos científicos ilustrando o trabalho do cientista e também uma capela bizantina onde Pasteur foi sepultado. Este museu vai além de uma homenagem ao grande cientista, ele mostra a luta da humanidade pela sobrevivência, luta esta que teve uma contribuição única de Louis Pasteur.
[Clica] - http://www.cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_31/EraUmaVez.html
Neuza Loureiro 9ºC Nº14
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Sputnik - 50 anos...!
Sputnik, o satélite politicamente incorrecto
Faz amanhã (HOJE) 50 anos que «arrancou» a conquista do espaço
Por Nuno Crato *
Tinha eu cinco anos quando ouvi um nome novo e curioso: «Sputnik». Não me lembro desse momento, porque de pouco ou nada me lembro dessa altura, mas sei que anos depois a palavra mágica continuava a ser ouvida. E as conversas eram estranhas. O meu pai explicara-me que se tratava de um satélite artificial da Terra. O primeiro. E que tinha sido lançado pela União Soviética, uma país distante e misterioso que se identificava com «a Rússia», aquele lugar de que se falava a propósito de uma estação de rádio que era proibido escutar, dos pastorinhos de Fátima e de muitas outras coisas. Sabia-se, por exemplo, que Salazar não gostava da Rússia e, por isso, ao falar do Sputnik falava-se mais baixo e olhava-se à volta. Para mim, que era muito miúdo, era tudo um jogo misterioso.
Falava-se também de um professor universitário português que tinha dito que o Sputnik não existia, que era uma arma de propaganda comunista, pois era cientificamente impossível haver um satélite artificial da Terra. De repente, deixou de se falar desse professor universitário, pois os Estados Unidos tinham também colocado um satélite no espaço.
Anos mais tarde, muitos anos mais tarde, tentei reconstituir o que se passara. Ao que parece, o professor universitário não era um, mas sim dois: um em Lisboa e outro no Porto. Este último foi durante muitos anos alvo de chacota por parte dos seus alunos. O primeiro penso que também. Nunca consegui, no entanto, esclarecer completamente o que se passara. As lendas abundam, mas nomes concretos, declarações, registos, documentos, tudo isso falta.
E gostaria de esclarecer o que se passara pois creio que o episódio foi revelador e sintomático. Face aos progressos científicos de outros países respondia-se com desdém. E o desdém não era só dirigido «à Rússia». Era dirigido também aos Estados Unidos da América, país pelo qual Salazar nunca morreu de amores. Só alguns anos mais tarde percebi por que os progressos científicos dos norte-americanos eram também desdenhados.
Foi preciso passarem 12 anos. Lembro-me de ter visto na televisão imagens confusas de algo muito mais arrojado do que um satélite. Estava na praia do Baleal e a televisão existia no nosso país há poucos anos. Pouca gente a tinha. O aparelho onde vi as imagens estava num café cheio de gente. Tão cheio que era difícil aproximar-mo-nos do écran. Lembro-me que os meus pais estavam em Lisboa nesse dia. Como não tinham televisão, foram à Baixa, onde havia aparelhos a funcionar nas vitrines das lojas. Foi daí que viram as mesmas imagens que eu estava a ver. Imagens trémulas, pois tinham viajado 384 milhares de quilómetros. Era 20 de Julho de 1969. As imagens mostravam Neil Armstrong a pisar o solo da Lua.
Lembro-me de amigos dos meus pais acharem toda essa curiosidade e todo esse entusiasmo despropositados. Afinal, quem tinha aparecido na televisão eram americanos. Só teriam ido à Lua por dinheiro e despeito. Os russos tinham estado sempre à frente na corrida ao espaço, diziam, e os norte-americanos apenas tinham conseguido sucessos na fase final...
Nunca percebi muito bem como era possível que pessoas inteligentes pudessem rejeitar avanços científicos e tecnológicos. Como era possível haver professores universitários que escondessem a cabeça na areia dizendo que o Sputnik não existia?! E como era possível não se estar emocionado com a chegada do homem à Lua?! É de facto estranho, mas revela uma atitude que persiste. Ainda há poucos anos se ouviram intelectuais portugueses a protestar com a exploração de Marte.
Vou prosseguir a minha história. Passados outros tantos anos, fui estudar para os Estados Unidos, país que na altura não me fascinava especialmente, mas de onde regressei, quase 15 anos depois, completamente seduzido. Aí percebi o que se tinha passado depois do Sputnik. Ao contrário de esquecer a sua existência, os norte-americanos reagiram sacudindo a fundo a sociedade.
Em todo o lado se pensara em mudança. Começando no ensino. Reviram-se os programas, criaram-se escolas de elite, estreitaram-se as relações entre o ensino superior e o pré-universitário, estimularam-se programas de investigação. Preparou-se uma nova geração para a ciência. O Sputnik de 1957 criou ondas de choque que se propagaram até ao sucesso do programa Apolo de 1969.
No meio disto há um pequeno facto histórico pouco notado. O Sputnik russo foi lançado em Outubro de 1957. O primeiro satélite norte-americano foi colocado no espaço em Janeiro de 1958. Três meses mais tarde. Apenas três meses. Isso explica por que razão os críticos portugueses do Sputnik se calaram. E leva a pensar nas origens da «onda de choque» que se propagou pelos Estados Unidos. O «efeito Sputnik» foi consciente. Havia a vontade de mudar, e o satélite russo não foi mais que o pretexto.
Apesar de mudanças brutais e de progressos imensos desde o Portugal salazarista de 1957, vivemos hoje uma situação que tem alguns paralelos com a dessa época. Continuam a existir responsáveis políticos que pouco se preocupam com o nosso atraso científico. E continuam a existir académicos que o negam ou subestimam.
É certo que existem hoje muitos jovens cientistas que se destacam no panorama internacional e que orgulham o país. É certo que começam a aparecer nomes portugueses citados na imprensa internacional. É certo que se podem hoje ler nomes de universidades e institutos de investigação nacionais em artigos na Science, na Nature ou noutras revistas internacionais onde a nossa presença era, ainda há pouco, praticamente inexistente. O facto orgulha-nos, mas, tal como o Sputnik, pode levar-nos a duas atitudes opostas. E a realidade é que a ciência portuguesa continua numa situação de atraso relativo entristecedora. Tudo o que dissemos sobre os nossos progressos podem muitos países semelhantes ao nosso, em dimensão, desenvolvimento, cultura e produto económico, dizê-lo com cem vezes mais propriedade. Há ainda muito a fazer. Muitíssimo. Aprendemos alguma coisa com o Sputnik?
*Professor de Matemática e Estatística no Instituto Superior de Economia e Gestão, Lisboa, actual Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática.
Este texto foi extraído e ligeiramente adaptado (pelo próprio autor) de «Ciência em Portugal: os próximos 30 anos» publicado na colectânea 25 de Abril: Os Desafios para Portugal nos Próximos 30 Anos, Presidência do Conselho de Ministros, Comissão das Comemoração dos 30 Anos do 25 de Abril, Lisboa 2004
in Ciência Hoje - ver notícia
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Hey.
Gostava que deixassem aqui, as vossas ideias para angariar fundos para a nossa viagem, já agora, também o sítio que gostavam de visitar.